sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lá no fundo do mar...

Lá no fundo do Mar...
Jaz uma âncora enferrujada.
Abraça-a uma amarra,
a desfazer-se em bocados...

Lá no fundo do Mar...
Jaz um coração inerte,
abraçado por cordas,
não bate, não sente...

Lá no fundo do Mar...
Jaz um sonho desfeito,
embalado por ondas,
vai-se afastando...

Lá no fundo do Mar...
Jaz o Homem sonhador,
a vida traiu-o,
afoga-se em dor...

Lá no fundo do Mar...
Jaz e ainda não voltou,
Será assim, até um dia...
Voltar a amar...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ex de ercício de imsane dades!

Caiu de barco num milheiral, choviam nabos, saiu por ali rindo de chorar.
Era essa vez, aquela em que a porta morreu de tédio e o porco ladrava como os gatos com cio!!!
Daí até nunca, foi uma volta atrás de pardal em pulo..
Riu-se dos sãos , perdidos em voltas no ar como as libelinhas no verão.
Soprava o vento de dentro para fora , eram gazes á solta , cheirava a pêssego fresco de depois de amanhã...
Deitou-se e acordou...
Batiam corações nas telhas esse dia, já não eram nabos.
Urinou contra o vento...

O menino perdido...

Já não sou o mesmo de sempre,
sou o de agora, talvez...
Já me escorreu demasiada água entre os dedos,
e tenho sede...

Acendo a luz e apago a alma,
onde vais menino?
-vou com os dedos pela parede,
em busca da porta...

Atiro pedras ás gaivotas,
e acerto em vidros de janelas partidas...
Chuto bolas de imaginação,
contra paredes reais...

Onde vais menino?
Vou brincar, que já tive tempo de ser grande...
E vou beber,
antes que a água me escorra entre os dedos...

O Indeciso

Do alto de um penhasco,
um homem contempla a sua vida,
indiferente á natureza que o rodeia,
vacila, hesita...
Olha o passado, prevê o futuro.
E por fim assume o preço a pagar.
Recua dois passos, vira costas á natureza.
Vai entregar o que for necessário,
pelo resto dos seus dias...
Em nome de uma suposta paz.
A sua dignidade dois passos atrás,
jámais voltará...
O espelho de todas as manhãs não esquece,
nem perdoa...