quarta-feira, 2 de março de 2011

If you STILL parva...That´s not WELL!!!

Rasca e parvo não sou eu nem esta "gioventú",
são aqueles de pomposo nome e privilégio,
que por decreto régio,
nas boas cadeiras alaparam o cu,como tu!!!

A parva Isabel dos romances de cordel,
julga saber algo da nossa vida,
tão dondoca,tão querida...
Se fechasse a matraca... Well!!!

Desce dos tamancos, ó tola Isabel,
anda cá ver os sacrifícios,
desta geração sem benefícios,
desenrasca-te um mês com 500 mangos e vê se te sobra papel!!!

Se este "belo" poema não te servir,
podes sempre retratar-te,
se para tal tiveres engenho e arte...
Olha... Cala-te!!! Não te quero ouvir!!!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Poema desgraçadamente mais belo...

Tenho vergonha...
Tenho vergonha...
Tenho vergonha...

De ser Português...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lembrete...

Engraçado como tantas vezes,
no final dos dias,
nos deitamos sem pensar,
que devemos agradecer,
o simples facto de respirar...

A linha que marca o existir,
e o existir para além de...
Tão ténue , tão frágil,
e nós aqui a respirar,
de peito cheio de existir...

É só para não me esquecer ,
da minha humana fragilidade...
Não é por mal ,
sou simplesmente Humano,
e esqueço-me que um dia,
posso adormecer de vez...

E que tanta merdice,
que hoje faz um sentido tremendo,
vai deixar de fazer...
Isto é só para não me esquecer,
lembrem-me de me lembrar...
E já me esqueci do que para aqui estava a lembrar,
mas ainda bem que tenho este lembrete...

Crescer...

Existe quem pense que se cresce para cima.
Até quem pense que se cresce para os lados...

A uns crescem-lhes ideias depois dos cogumelos alucinogénios.
A outros não , nem com cogumelos nem sem cogumelos...

Ainda existe quem sonhe e pense que cresceu.
Outros acordam e não cresceram...

Uns procuram uma redenção no sonho...
Outros nem com cogumelos daqueles se redimem...

Seja, existe quem depois de talvez provar uns cogumelos alucinogénios,
julga existir o sonho da primavera em Dezembro e o Natal em Março...

Talvez julguem que nos sonhos se redimem,
e assim cresçam em qualquer direcção...

Se como dizia Shakespeare somos feitos da mesma matéria que os sonhos...
É melhor ter cuidado com o que se sonha , senão estraga-se a matéria....

quinta-feira, 25 de março de 2010

21/03

Este cheiro a terra quente molhada,
que me entra no cérebro,
que me obriga a respirar fundo,
uma e outra vez...

E sou de novo parte deste mundo de momento perfeito!!!

Sinto tantas vezes saudades deste cheiro de estio...
Que me leva fácil á infância...
Serás tu essa minha terra?
Esse odor quase maternal ,
que me leva do real ao imaginário,
no tempo que leva uma gota a cair...

Agora parece que estou vivo...
Estou vivo!!!

domingo, 21 de março de 2010

Sem palavras...

Quando o poeta fica sem palavras...

Já fazia tempo que esperava algo assim na minha vida...
Um sentimento especial... Muito especial!!!
Algo que me tira as palavras...
Mas sabe bem!!!
Hoje sinto que saí do fundo do mar...!!!
Valeu a pena ter coração e acreditar...

Estou de corpo e alma,
sem palavras...
Não consigo definir...
Estou bem ,como há muito não estava...

É para ti !!!
Quero ser para ti!!!
Sinto nas mãos o teu odor... que tanto me agrada...
Parto livre e de coração aberto...
Até já!!!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lá no fundo do mar...

Lá no fundo do Mar...
Jaz uma âncora enferrujada.
Abraça-a uma amarra,
a desfazer-se em bocados...

Lá no fundo do Mar...
Jaz um coração inerte,
abraçado por cordas,
não bate, não sente...

Lá no fundo do Mar...
Jaz um sonho desfeito,
embalado por ondas,
vai-se afastando...

Lá no fundo do Mar...
Jaz o Homem sonhador,
a vida traiu-o,
afoga-se em dor...

Lá no fundo do Mar...
Jaz e ainda não voltou,
Será assim, até um dia...
Voltar a amar...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ex de ercício de imsane dades!

Caiu de barco num milheiral, choviam nabos, saiu por ali rindo de chorar.
Era essa vez, aquela em que a porta morreu de tédio e o porco ladrava como os gatos com cio!!!
Daí até nunca, foi uma volta atrás de pardal em pulo..
Riu-se dos sãos , perdidos em voltas no ar como as libelinhas no verão.
Soprava o vento de dentro para fora , eram gazes á solta , cheirava a pêssego fresco de depois de amanhã...
Deitou-se e acordou...
Batiam corações nas telhas esse dia, já não eram nabos.
Urinou contra o vento...

O menino perdido...

Já não sou o mesmo de sempre,
sou o de agora, talvez...
Já me escorreu demasiada água entre os dedos,
e tenho sede...

Acendo a luz e apago a alma,
onde vais menino?
-vou com os dedos pela parede,
em busca da porta...

Atiro pedras ás gaivotas,
e acerto em vidros de janelas partidas...
Chuto bolas de imaginação,
contra paredes reais...

Onde vais menino?
Vou brincar, que já tive tempo de ser grande...
E vou beber,
antes que a água me escorra entre os dedos...

O Indeciso

Do alto de um penhasco,
um homem contempla a sua vida,
indiferente á natureza que o rodeia,
vacila, hesita...
Olha o passado, prevê o futuro.
E por fim assume o preço a pagar.
Recua dois passos, vira costas á natureza.
Vai entregar o que for necessário,
pelo resto dos seus dias...
Em nome de uma suposta paz.
A sua dignidade dois passos atrás,
jámais voltará...
O espelho de todas as manhãs não esquece,
nem perdoa...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Confusão

Tudo confuso,
tudo estranho...
Tento ver se ainda me apanho...

Já não sei,
onde estou...
Nem o caminho por onde vou...

Umas vezes aqui,
outras ali...
Não me encontro sem ti...

Um guarda-chuva,
um casaco de napa...
Faz-te o meu mapa...

Ama-me,
ou odeia-me...
Um messias na galileia...

Dá-me um caminho,
entrega-me um rumo...
Perco-me no meio do fumo...

Um sinal,
uma indicação...
Faz-me sair desta confusão...

terça-feira, 23 de junho de 2009

A mais pequena jaula...

Estou preso, encarcerado...
Refém de um mecanismo,
repleto de minúsculos componentes,
que nunca encrava...

O carcereiro nunca se engana,
faz as rondas meticulosamente,
não se atrasa, nem se adianta.
Roda a ronda somente...

Julguei-me livre, mas não sou...
Sinto liberdade no pensamento.
Mas o corpo... Esse passa o tormento do cárcere,
foi o que me tocou...

Resta esperar com resignação,
que o carcereiro acabe as rondas,
e com total exactidão,
ordene a minha libertação...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Ao Poeta das Gajas

Ao António Pedro Ribeiro!!!

A.P.Ribeiro,
moí o cérebro ao pessoal...
Milho na mó do moleiro...
Dá na cabeça,
ao artista,
ao banqueiro...

Caga no dinheiro,
queremos é gajas,
diz o poeta...

Engano...
As gajas é que sabem o que querem...
Querem o beijo do poeta e a carteira do banqueiro...
Ao contrário não é de certeza.

Bota e vira,
venha mais uma de cerveja!!!
E estás a financiar a revolução!!!

A.P.Ribeiro,
Estamos fodidos...
Não é com a força da caneta,
que mudamos o mundo inteiro...

O poeta é crente,
dá cabo da figadeira,
e fica todo comido da mente....

Olhos é o Diabo...

Clickar no título para ouvir Indigo Eyes do Peter Murphy...


A menina dos olhos bonitos,
liga pelo telefone dos aflitos...
Pergunta se chove, se faz frio,
se o vento corta...

Respondo que Deus faz o frio,
e o Diabo o calor...

E este é um dia de Deus...
Que venha o Diabo com o calor,
que o roube do inferno...

A menina dos olhos bonitos,
ofega e ri...
Será que acreditou?

Incontinente

Eu perdido,
em copos vazios,
em rodas de conhecidos...

Eu incontido,
incontinente a cada meia-hora...

Eu oco, sem sentido,
refundido em espelho baço.
Irreflectido...

Eu recuperado,
no copo cheio,
outra vez a recarregar a incontinência...

Eu e os copos,
lixado pela falta de tinta e papel,
fodido com os copos vazios...

Jardim

Eu que fosse um jardim,
uma volta sem fim,
três quartos de um pinheiro,
perto do mar...

Um quarto de pessegueiro,
junto a um carreiro...
Uma folha de coca,
malga de tapioca...

Bananeira sem eira da Madeira...

Eu que fosse um jardim,
com rosas e jasmim,
camélias e ofélias...
Três quartos de volta...

Um lago,
peixinhos,
um jardim...
Uma volta sem fim...

Espirro...
Alérgico,
febre dos fenos...

Quero dormir...

Des(a)tino

Um acaso do destino,
me fez aqui parar,
a tombola rodou faz muito tempo.
Tantas voltas e reviravoltas,
nunca julguei aqui estar...
Não quero rimar,
não preciso de rimar...
Quero tão somente conhecer os caminhos do destino,
se é que as tombolas tem caminho,
e o destino não for desatino...

Cansei, esmoreço...
Ranjo os dentes,
mando o fado ao caralho...
Estou aqui por estar!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Monstro

E um dia o Criador vai descer á terra...
Acordará com os pés atolados numa qualquer guerra.
Abrindo os olhos mal poderá acreditar,
como foi possível semelhante ser criar...

Reunindo os importantes á mesa,
com tristeza, concluirá que nada há a fazer.
Com as lágrimas a escorrer de desgosto,
Pensará:" Eu sou o Pai do monstro... Se te criei á minha imagem,
como fosses espelho meu... Afinal o monstro sou eu!!! "

Lacrimejando partirá para não mais voltar,
ordenando o seu fim, o nosso final...

Sarjeta

Ontem encontrei um Deus qualquer,
perdido numa vulgar sarjeta...
-Que fazes aí? Perguntei curioso...
-Desde aqui, com esta perspectiva...
Vejo os Homens como eles verdadeiramente são...
Demasiadamente altos para se vergarem á sua condição...
Suficientemente atentos para evitarem a sarjeta...
Demasiadamente cegos para verem quem lá está...
(Afinal não estava nada perdido... Pensei.)
-Queres que te ajude a sair daí?
-Obrigado, mas quando quiser acabo a minha contemplação e saio pelo meu pé.
-Então adeus.
-Ahomens, ahomens... Vós é que sois Deuses!

Pele

Engraxa-me as botas!!!
Faz-me sentir tudo aquilo que não sou,
e sei que não vou ser...
Anda, esfrega bem o couro velho,
faz brilhar a pele gasta,
ás tuas mãos vou parecer uma anilina brilhante...

Engraxa-me as botas!!!
Diz-me que sou perfeito,
faz de conta que me conheces o íntimo faz muito tempo,
ama o desconhecido...
Anda, esfrega bem o couro velho,
aos teus olhos vou parecer um príncipe...

Engraxa-me as botas!!!
Alimenta o meu engano...
Eu nunca fui nada mais do que couro velho...
Eu sou couro velho, gasto pelo tempo,
tocado por mãos sabedoras, que não as tuas,
olhado por olhos, que não os teus...
Sou o que sempre fui... Pele gasta...