segunda-feira, 18 de maio de 2009

Amigo

Abro os olhos e acorda-se-me o pensamento,
Que vivo num mundo de alcatrão e cimento,
Com escassa cor e sem sentimento...
Doi-me o coração, quando relembro esta cidade ainda aldeia...
De laranjais e campos verdes,
O lavrador de Paranhos, a mula a pastar...
Fecho os olhos e sonho, com 31 de Janeiro e Sta. Catarina a formigar.
E os assadores de castanhas...
E havia menos betão e mais sentimento...
E mesmo com ceú cinzento não sentia o frio,
Sentia-me em casa...abrigado.
Esta aldeia outrora invicta,
Vencida por um progresso sem regresso...
Abro os olhos e choro-te,
Meu amado Porto de abrigo...
Meu amigo... Perdido...

1 comentário:

JoaoDeAviz disse...

Bons Contra/escritos.
Prazer em os encontrar publicados.
Continua Contra.
Abraço