terça-feira, 19 de maio de 2009

Pain

A dor é implicìta na vivência desta triste alma do mundo,
a dor da génese, dor que suponho, porque ainda resta,
sobrevive na condenação do existir...

A dor permanente de tantos enganos irreversíveis,
auto-infligida, quase mortal nos desmaios do esquecimento...
A infligida pelos cruzamentos fatais com outras almas doridas...

A dor que me aniquila...
A dor que me transforma...
A dor que me embrutece...
A dor que me entorpece...
A dor de todos os dias...
A dor de mal saber viver...
A dor...
A dor...
A dor da caneta na folha crua...
A dor que relembra a dor...

Pain, diz o aço incandescente na minha carne...

1 comentário:

Mª de Lurdes Correia disse...

Só se conhece a dor porque se conhece a antítese, a alegria, o prazer, o rir, o conforto, o calor.
Não há preto sem branco, nem molhado sem seco.
Se doer é porque vale a pena!

Abraço-te!